Vivemos em um mundo globalizado que nos exige aumento contumaz de afazeres e responsabilidades. Uma necessidade contínua de aprendizagem, quase sem livre-arbítrio, pois, na contemporaneidade, o mundo e a sociedade requerem, de nós, saberes para que realizemos múltiplas tarefas, concomitantemente. Contudo, tal exigência de conhecimento, performance e desempenho, muitas vezes, não é alcançada por quantidade significativa das pessoas. Fato condicionante da frustração, que dependendo da capacidade de resolução e de adaptação, pode levar a situações de fuga e esquiva, comportamentos que podem ser limitantes da vida social, profissional e de lazer. E a depender da sensação e do acúmulo de sentimentos negativos, o corpo tende a reagir. Afinal, notório é o saber que, desde os tempos remotos, vivemos atrás de sensações de bem estar e buscamos afastamento de situações que podem ser perigosas. Saiba mais no link: https://nacoesunidas.org/oms-registra-aumento-de-casos-de-depressao-em-todo-o-mundo-no-brasil-sao-115-milhoes-de-pessoas
Sendo assim, se vivenciamos muitas situações desagradáveis e frustrações, que não temos capacidade de resolver ou de enfrentar, a tendência é de fuga. Destarte, o organismo se prepara para tal. Neste processo, há aumento dos níveis de neurotransmissores, inicia-se o respirar mais acelerado, o corpo começa a tremer, bem como outros sintomas. Tudo na tentativa de nos prepararmos para o escape. Às vezes, conseguimos e isso é uma ocorrência que pode ser normal.
Contudo, quando nos deparamos com sentimento de impotência para realização de ações específicas como: mexer no celular, chamar um uber, falar em aplicativo de mensagens com mais de uma pessoa, realizar as tarefas de casa ou do trabalho, nem sempre prevalece essa normalidade. Diante do exposto, convém que reflitamos sobre essas exigibilidades modernas, de forma individual ou todos esses eventos ao mesmo tempo, afinal se reportássemos essa modernidade para um cidadão do início do século passado, diria que, no mínimo, estaríamos delirando.
Hoje vivenciamos múltiplas situações que, muitas vezes, têm que ser resolvidas ao mesmo tempo. Se não conseguimos, podemos desenvolver um medo, sentimento natural, ou a ansiedade, sensação de angústia intensa que pode surgir abruptamente, remetendo-nos a situações específicas muito desagradáveis. De tal forma que nos limita, conduzindo-nos a um sofrimento intenso e necessidade de fuga de situações que, para a maioria das pessoas, são comuns. Por vezes, a pessoa paralisa, não conseguindo continuar a vida. Nesse bojo, identifica-se desde fobias específicas, como medo de cachorro, gato, cobra; até ansiedades generalizadas, que não têm um objeto específico, visto que a angústia nem sempre possui causa prévia, podendo ser fator limitante da vida.
Neste sentido, podemos ter ainda ataques de pânico, em que o coração, às vezes, acelera tanto, que dói. Numa sensação de sufocação intensa, falta de ar excessiva, sendo comum a sensação de certeza de infarto ou de que se está enlouquecendo. Essa impressão faz com que a pessoa se dirija a hospitais de urgência, e realize diversos exames, que, geralmente, atestam padrões normais. São dois grandes medos do ser humano: A inadaptação ao grupo social, pois somos animais que para sobrevivência dependemos da vida em sociedade; o medo da morte e da perda do juízo. Saiba mais no link: https://exame.abril.com.br/negocios/precisamos-falar-sobre-estresse
Todas essas ocorrências quando se repetem de forma contínua, multiplicam e aumentam de forma progressiva e se não acompanhadas, adequadamente, por profissionais da área de saúde mental, podem ser muito graves e ter desfechos drásticos. Neste contexto, pela busca do fim da angústia de qualquer forma, especial atenção deve ser dada aos adolescentes, devido ao controle de impulsos ainda em formação no cérebro. Cumpre enfatizar que todas as pessoas, a depender da gravidade, têm que ter acesso a tratamento adequado, que geralmente envolve psicoterapia, nas mais diversas formas.
Dependendo do caso, existem técnicas específicas e tratamento medicamentoso que deve sempre ser instituído, de preferência, por um psiquiatra ou por um médico que tenha conhecimento e experiência na área. É relevante lembrar que, apesar das exigências do mundo moderno, é necessário para a mente e para o corpo: exercícios físicos de forma rotineira, uma dieta balanceada e adequada a cada pessoa, e momentos de lazer para que possamos nos reenergizar. Saiba mais no link: https://anadem.org.br/site/depressao-e-ansiedade-os-males-do-seculo-xxi
Saber que não somos obrigados a saber tudo, nem dominar todas as tecnologias, tampouco fazer dez ou mais coisas ao mesmo tempo consiste necessidade. Em determinadas ocasiões, perde-se tempo focando em apenas um objetivo, mas buscar algo que seja interessante pode nos dar uma sobrevida melhor e uma qualidade de vida adequada. Precisando, não tenhamos medo de procurar um psicólogo ou um psiquiatra ou outro profissional de saúde mental, visto que o nosso preconceito, ainda, faz com que pequenos problemas se agigantem e fiquem sem ser solucionados.
Não existe saúde sem saúde mental.
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