Portal Saúde - Conectando você com os Profissionais da Saúde

Saúde 12 de março de 2020 Tânia Mara Vieira Santos

Saúde da Mulher: Radiofrequência Íntima

No mundo feminino é cada vez mais comum nos depararmos pela procura por procedimentos minimamente invasivos para tratar problemas que atingem diretamente a qualidade de vida e a auto estima. Por este motivo, vamos falar sobre um procedimento que vem revolucionando a área da ginecologia: a Radiofrequência Íntima.

Saúde da Mulher: Radiofrequência Íntima
  • Compartilhe esse Post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no WhatsApp
  • Compartilhar no WhatsApp

 

Com o crescente envelhecimento da população mundial, cada vez as pessoas estão procurando procedimentos e tratamentos que melhorem a sua qualidade de vida e que sejam minimamente invasivos.

A RADIOFREQUÊNCIA MICROABALTIVA é um desses procedimentos minimamente invasivos que cada vez mais tem se tornado um aliado importante para mulheres na pós menopausa e que sofrem com a síndrome urogenital que pode acometer até 70% das mulheres nessa fase da vida.

A síndrome urogenital decorre da queda de estrogênio que ocorre após menopausa faz com que o epitélio vaginal se torne mais fino, pálido, friável podendo ocasionar encurtamento vaginal.  A mucosa vaginal fica menos elástica, com perda da rugosidade e a microbiota vaginal altera. Essas alterações podem trazer grande desconforto para mulheres como infecções recorrentes, incontinência urinária, sangramento vaginal; e até mesmo afunilamento vaginal.

O desconforto associado a essa síndrome pode ter um impacto significativo na saúde e na qualidade de vida das mulheres principalmente naquelas sexualmente ativas.

Hoje, para amenizar os sintomas da síndrome urogenital existem tratamento medicamentoso como os lubrificantes íntimos e estrogênio tópicos que não são invasivos mas requerem uso contínuo e isso faz com que muitas mulheres acabam abandonando o tratamento. O estrogênio tópico também possui algumas restrições ao seu uso por exemplo, pacientes com determinados tipos de câncer.

Abordagens não farmacológicas como a radiofrequência e o laser são benéficas para essas mulheres que não desejam usar hormônio ou que possuam alguma contraindicação a ele ou como terapia adjuvante.

Métodos físicos, como a radiofrequência (RF) nas formas não ablativa, ablativa e microablativa, e o laser têm sido usados para o rejuvenescimento da pele do rosto, pescoço e corpo. O laser fracionado e a radiofrequência também são usados na mucosa vaginal e vulvar para promover a neocolagênese e a neoe­lastogênese. Estudos com avaliação clínica, histopato­lógica, microscopia eletrônica e imuno­histoquímica, obtiveram resultados satisfatórios dos efeitos de laser e  RF no processo regenerativo da pele. Recentemente, alguns estudos apresentaram bons resultados dos efei­tos na mucosa vaginal.

A RF é feita por corte e/ou coagulação de tecidos biológicos, por meio de corrente alternada de alta frequência, que instantaneamente eleva a temperatura celular até 100°C, levando à expansão e à ruptura da membrana celular. Este fenômeno é conhecido como vaporização e é semelhante à ação do laser.

COMO É FEITA A APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA?

O aparelho de aplicação de radiofrequência (figura 1) consiste num  equipamento de eletrocirurgia convencional que usa uma corrente elétrica alternada e amplificada. 

Com um eletrodo vaginal ou vulvar (figura 2 e 3) a corrente é aplicada. Ocorre o fracionamento energético que consiste na distribui­ção de energia em pontos equidistantes, produzindo colunas microscópicas de lesões térmicas na epiderme e na derme superior, que resultam em colunas micros­cópicas de tecido tratado, intercaladas com áreas de pele não tratada, o que permite uma reepitelização mais rápida.(figura 4)

Concluímos que a radiofrequência fracionada microablativa tem se mostrado efetiva no tratamento da síndrome urogenital dispensando tratamentos longos. 

A radiofrequência também é promissora nos tratamentos de frouxidão leve do assoalho pélvico e de incontinência urinária leve de esforço que aqui não foi mencionado.

 

 Saúde da Mulher: Radiofrequência Íntima

Figura-1 WAVETRONIC 6000 FRAXX

Saúde da Mulher: Radiofrequência Íntima

Figura-2 Eletrodo vaginal

Saúde da Mulher: Radiofrequência Íntima

Figura-3 Eletrodo vulvar

Saúde da Mulher: Radiofrequência Íntima

Figura-4 Aspecto da mucosa vaginala pós aplicação do FRAXX 

 

Tânia Mara Vieira Santos
Artigo publicado por

Tânia Mara Vieira Santos

Ver perfil no Portal Saúde

Deixe um comentário